16 de mai. de 2011

Digerindo 05: O que são documentos para as áreas da ciência da informação?

Todos os dias a gente se depara com a palavra “documento”. Seja nas aulas, no estágio, nos livros e apostilas que os professores recomendam. Mas você já parou pra pensar que podem haver diferenças no conceito de documentos para as áreas da Ciência da Informação?

Pois bem, encontramos algumas definições na leitura de  “Arquivos Permanentes – Tratamento Documental”, da Heloísa Bellotto. A autora diferencia as instituições de acordo com seus materiais, os documentos. De acordo com ela, eles são diferenciados não pelo suporte, mas pela finalidade para a qual eles foram criados.

Sendo assim, o que são documentos para a Biblioteconomia, para a Arquivologia e para a Museologia?

Biblioteca: São os materiais resultantes de atividade cultural e técnica ou científica, que informa, instrui ou ensina. Por haver uma mesma obra em mais de uma biblioteca, a forma desses documentos é, geralmente, impressa e múltipla.  Esses materiais são recebidos, na maioria das vezes, por compra ou doação, o que faz da biblioteca um órgão colecionador.

Arquivo: São os materiais resultantes das atividades de instituições ou pessoas, e surgem por motivos funcionais, administrativos e legais, com objetivo de provar e/ou testemunhar algo. Possuem duas fases: a fase em que serve como prova jurídica, quando tem seu valor legal; e a fase em que esse valor foi perdido, mas que ainda pode possuir valor cultural ou histórico. Geralmente são exemplares únicos, de diversas formas e suportes. São recolhidos naturalmente pelo arquivo, o que faz desse um órgão receptor.


Museu: São os materiais de origem artística ou da civilização material de uma comunidade, servindo como testemunho de uma época. Tem fins educativos e culturais e são tridimensionais, de variados tipos, naturezas, formas e dimensões. São materiais colecionados artificialmente e classificados segundo a sua natureza, fazendo do museu um órgão colecionador.

A autora observa que esses centros de informações “não devem ser confundidos nem quanto à documentação que guardam, nem quanto ao trabalho técnico que desenvolvem a fim de organizar seus acervos e de transferir e disseminar informação.”

Por: Sandney.

Fonte:
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4ª ed. – Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2006.

0 comentários:

Postar um comentário